Atlético e São Caetano foram DISPARADOS os melhores times do Brasil no início deste século! Carinhosamente chamado de Azulão, o São Caetano chegou em três grandes finais seguidamente: Contra Vasco da Gama (RJ) pela Copa João Havelange de 2000, Atlético no Brasileirão de 2001 e Olímpia (Paraguai) pela Libertadores de 2002! Após o episódio da morte do jogador Serginho, o São Caetano foi punido e não retomou o ritmo de volta. O Atlético seguiu disputando títulos, chegando em quatro finais consecutivas (Paranaenses de 2004 e 2005, Brasileirão de 2004 e Libertadores de 2005). Porém, nos últimos anos, vêm apresentando um futebol instável. Uma das justificativas da diretoria rubro-negra são os investimentos estruturais que o clube vem recebendo.
  
 
O Campeonato Brasileiro de 2001 foi um dos mais movimentados da história, com uma média de 2,86 gols por jogo. O Azulão utilizava o 4-4-2 que lhe garantiu a melhor defesa daquele campeonato. O Furacão jogava no 3-5-2 e teve o segundo maior ataque da história dos nacionais até então. A Arena da Baixada recebia pela primeira vez uma final de Campeonato Brasileiro e estava preparada: Um público de 31.740 pessoas acompanhou o jogo, fazendo um espetáculo que encantou o Brasil.
 
Uma das melhores finais de um campeonato nacional iniciou em alta velocidade. Muito bem postado em campo, o Furacão saiu pro jogo e abriu o placar aos 4 minutos com Ilan, que substituía Kleber Pereira, em jogada fulminante de Adriano Gabiru. O Atlético tratou de administrar a vantagem inicial, mas o Azulão equilibrou o jogo, pressionou e quase empatou quando Flávio fez grande defesa e Cocito tirou a bola (de cabeça) na linha do gol. Aos 31 minutos, o eficiente Mancini cobrou falta de longe e empatou o jogo. O gol turbinou o São Caetano.
 
 
O segundo tempo começou eletrizante. Em 8 minutos, Serginho cobrou falta no travessão de Flávio, Ilan cabeceou no travessão de Sílvio Luis e Adriano Gabiru perdeu grande chance em um arremate cruzado. Mas logo em seguida, aos 9 minutos, a rede balançou: Depois de uma cobrança de falta, Marcos Paulo pegou o rebote dentro da área e bateu forte, virando o jogo para os paulistas. Nesse momento, os torcedores do São Caetano que estavam na Arena gritavam “É CAMPEÃO!”. A preocupação tomou conta dos torcedores atleticanos. Ninguém acreditava no que estava acontecendo. Só que não deu tempo para os paulistas festejarem: Aos 10 minutos, Alex Mineiro completou tabela em alta velocidade do time rubro-negro e empatou novamente. Foi o desabafo da torcida atleticana.
 
Havia muito jogo pela frente e o time paulista quase marcou, depois que o zagueiro Daniel cabeceou e o lateral Alessandro salvou em cima da linha. Então, o técnico Geninho resolveu colocar Souza no lugar de Ilan. Geninho, que conquistou vários resultados na temporada com alterações precisas, acertou mais uma vez. Aos 35 minutos, na jogada mais bonita da partida, Alessandro carregou a bola pela direita, “pedalou” na frente do marcador e rolou para Alex Mineiro, que avançou e passou para Souza. Este, num lindo toque de calcanhar, devolveu para Alex passar pela zaga paulista (que tentou fazer pênalti e não conseguiu) e tocar na saída de Silvio Luis. Absolutamente fantástico! Delírio total na Arena da Baixada!
 
Depois disso, o São Caetano veio de vez pro ataque e o Atlético tocou a bola. E quando o placar parecia definido, Adriano recuperou ótima bola no ataque, invadiu a área e foi derrubado. Penalidade máxima, que foi convertida pelo iluminado Alex Mineiro aos 47 minutos. Logo em seguida, o árbitro Carlos Eugênio Simon encerrou a partida. A torcida do Atlético não saiu do estádio e a comemoração foi domingo afora, sendo destaque na mídia paulista pela organização e pelas beleza de sua torcida.
  
 
Festa em Curitiba, exceto pelo bairro alto da glória que sofreu silenciosamente, num presságio de que o natal daquele ano seria vermelho por outro motivo.
Aliás, o título foi conquistado na segunda partida, disputada uma semana depois em São Paulo. Mas essa é uma outra história.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO: Flávio; Gustavo, Nem e Rogério Corrêa; Alessandro, Cocito, Adriano, Kléberson e Fabiano (Igor); Alex Mineiro e Ilan (Souza). Técnico: Geninho.

SÃO CAETANO: Silvio Luiz; Mancini, Daniel, Dininho e Marcos Paulo; Simão, Serginho, Adãozinho e Esquerdinha; Anaílson (Muller) e Magrão. Técnico: Jair Picerni.

LOCAL: Arena da Baixada, Curitiba.

PÚBLICO: 31.740 pessoas.

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